Estes nossos tempos...
Estamos vivendo em
tempos de ânimos exaltados, radicalismo, falta de lucidez, preconceitos
declarados, ódios extremados, quase nenhuma capacidade de discernir o certo do
errado e talvez possamos tentar dizer que a culpa disso tudo não é nossa e sim
dos políticos, da instabilidade financeira, da crise econômica, da corrupção,
das religiões, mas não, não podemos e não devemos. A responsabilidade disso
tudo, como bem me lembrou a minha amiga Adriane, é exclusivamente nossa. Isso
porque todas estas posições sejam morais, ideológicas e/ou religiosas
transmitem o que cada parcela da população pensa, crê, deseja e/ou pretende e,
sendo assim, somos representados por aqueles, os quais encontramos modelos e/ou
exemplos. Por esse motivo, devemos ter cuidado com aquilo que queremos e/ou
buscamos e saber que “se todo indivíduo deve ser respeitado na sua totalidade,
a recíproca é verdadeira”. Além dos mais, ninguém, em sã consciência, gosta ou
prefere ser maltratado, desrespeitado seja por qual razão. Nesse sentido, temos
que ter em mente que não devemos reproduzir atitudes e/ou ações ruins, cruéis,
de tortura e/ou constrangedoras aos outros. E, ainda, não devemos nos deixar
levar e nos alienar por belos discursos, pois não podemos esquecer que
situações dramáticas, de crueldade extrema, de agressões sejam verbais ou não e
de torturas costumam iniciar por discursos, os quais muitas vezes,
infelizmente, “conseguem”, mesmo por caminhos obscuros e tortuosos, justificar
o que, por natureza, é injustificável!